Wednesday, April 18, 2007

Lost (Onde estás?)

O dia acorda. Olho o espelho e já não percebo quem sou. A sombra do que fui paira sobre mim como uma fénix à beira da morte.
Sinto-me cansada de fingir a felicidade, cansada de acordar para um dia que nada traz de novo, cansada de esconder as lágrimas atrás de sorrisos forçados. Os dias passam depressa e a única coisa que sinto é a imensidão do vazio. A noite cai lentamente trazendo consigo as lágrimas escondidas e silenciosas, ate que por fim adormeço vencida pelo cansaço, esperando o novo dia como o recomeço que tanto procuro. Mas o dia nasce sem novidade, nada mudou. Continuam sempre as mesmas dúvidas, os mesmos medos, as mesmas certezas tristes, as mesmas lágrimas, o mesmo motivo.
Espero... Nas trevas do vazio do meu ser espero, aguardo a a luz que puderá afastar os fantasmas que me perseguem. Vivo de sonhos e memórias, de meras ilusões. Espero... desespero no silêncio do meu fingimento alegre.... O tempo passa, corre e eu espero...
Já não tenho forças, já não tenho nada a não ser recordações. Olho novamente o espelho, a sombra desapareceu.
Quem sou? pergunto. Não sei, já nada resta. E o dia passa e anoite chega novamente e entre lágrimas pergunto-me se ainda te recordarás de mim, se em algum momento do teu dia o teu pensamento foge para mim... Terei sido importante?
Já não sei... Estou esgotada de mais para procurar resposta, apenas gostaria de puder, num último abraço, sussurrar: Desculpa por nunca te ter odiado... desculpa por te ter amado... desculpa por te ter deixado ir.... desculpa por ainda te amar!

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